Acordei no quarto semi-escuro de paredes cinzas,moveis esbranquiçados e antigos,cobertas brancas que entravavam pouco em contraste com meu pijama cinza.Uma gota de suor escorria por minha face,meu cabelo desgrenhado grudava em minha pele,meus braços pendiam na beirada da cama, que marcados por pequenos roxos formigavam,minhas pernas esticadas no colchão nem sequer ensaiavam mexer-se para servirem de apoio ao meu
corpo pesado.
Meus olhos sem brilho analisavam cada canto do quarto acinzentado,insistentes e mecânicos observavam as paredes,o teto,a estante empoeirada e a porta trancada até finalmente pararem em meu corpo semi-coberto com o lençol manchado de vermelho vívido que brotava da
dolorida ferida em meu peito.
E naqueles tons mórbidos de meu quarto o processo repetiu-se durante horas.A parede cinza,a estante empoeirada,a porta trancada,meu corpo,o lençol manchado e a ferida,até que meus olhos começaram a pesar,a ferida ,que ainda sangrava manchando meu corpo e meu
espírito, parou de doer e por ultimo meus lábios secos e manchados ensaiavam alguma ultima respiração falha que ainda restava em meu pulmão.
E no
delírio catatônico repetitivo meus olhos fecharam-se,inconscientes.
[...]
Acordei em meu quarto semi-escuro de paredes brancas e moveis antigos,cobertas laranjas entravam em um vivido contraste com minha blusa verde.Uma gota de suor escorria por minha face,meu cabelo desgrenhado grudavam em minha pele...
~Liz